Thursday, July 26, 2007

todos os dias lhe deixa uma carta daquelas de antigamente, sem selo nem carimbo. só letras. gosto de ti, escreve a carvão de lápis afiado. ama cada vez mais. quer cada vez mais e escreve. todos os dias escreve. gosto-te. vem. fica. tenho tantos abraços para te dar.

2 comments:

Kátia Sá said...

" A carta. Era o tempo de um viver sossegado, de se percorrer a intimidade de nós e de se estar aí bem. Havia a agitação do que nos agitasse, mas dizê-lo remansamente reconduzia ao sossego. Era o tempo de ter problemas para os desdobrar em escrita e de se ficar aí mais planificado. Era o tempo de se conversar e não de atropelar palavras no momentâneo aturdimento. Era o tempo de se ter alma e não o seu contraplacado. Era o tempo de se terem ideias e não bocados de cortiça. O tempo do silêncio e não dos gritos das massas. O tempo de se estar só e não dos encontrões de se estar em companhia."
Vergílio Ferreira

Tânia Sá said...

muito obrigada. abraço-vos.