Tuesday, July 17, 2007

destapo os ombros. sento-me na cadeira de pau que baloiça no canto solarengo da sala e solto o sal do corpo.
a madeira do chão é macia ao toque dos meus dedos dos pés. fica tarde fora de mim e a luz rasga demoradamente a pele. deposita cristais azuis nas mãos. as mãos. os ombros. as minhas. os teus. descontextualização dos corpos à janela da casa. narrativa eterna.

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