Thursday, April 26, 2007

quando chegares, bate baixinho na minha janela do quarto, a que tem quatro vidros de ripas em madeira de um muito branco pintada. bate como quando se sopra sem fazer barulho para que te possa escutar. bate como quando se trauteia baixinho, na cabeça, uma música que não se deixa calar.
tráz contigo um lápis de uma qualquer cor que nos possa pintar a pele por dentro, que nos escreva os corpos despidos, debruçados no peitoril das janelas da minha casa. e rodopiaremos em torno dos nossos pés de pau sem sairmos nunca do lugar, pintados a carvão da cor do lápis de que te fizeres acompanhar.

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