Deixei que as horas morassem em mim infinitamente, talvez porque me faltava espaço em torno, ou porque o dentro se confundia com o fora e os dias com os meses, e os anos com as horas. O tempo comeu parte da nossa existência e tu abandonaste a casa, onde a minha solidão habitava. Agora a sala tem apenas os sofás das tias velhas e os sons antigos que já não dizem nada.
mas já não me fazes falta.
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